REVISTA VEJA, 12/01/2014 - 07:40
Uma CPI instaurada pela Câmara dos Deputados para apurar a situação do sistema prisional brasileiro fez o ranking dos piores presídios do país, em 2008.
Com capacidade para abrigar 2.000 presos, o Presídio Central de Porto Alegre mantém atualmente 4.500 encarcerados, o que corresponde a mais do dobro da lotação. É a pior penitenciária do Brasil, segundo a CPI. Apelidada de “Masmorra”, a parte superior da prisão abriga cerca de 300 detentos em celas descritas pelos deputados como “buracos de 1 metro por 1,5 metro”. O esgoto escorre entre as frestas das paredes do pátio central e trinta presos chegam a se amontoar em celas onde cabem cinco detentos, segundo o relatório.
A penitenciária localizadas em Salvador (BA) lembra o Coliseu Romano. Formado por um prédio circular que envolve um campo de futebol, o presídio abriga 158 pessoas a mais do que a sua capacidade — 1.030. Segundo o relatório da CPI, o local tem um déficit de agentes penitenciários, apenas 74 homens cuidam da segurança, e condições precárias de higiene – há registros de contaminações por HIV e tuberculose. De acordo com a CPI, os presos que “tem mais dinheiro” possuem TVs, geladeiras e fogões nas celas enquanto os “mais pobres” improvisam cortinas para ter privacidade em aposentos lotados. Em 2013, cinco detentos fugiram da prisão.
Um dos presídios do Complexo do Gericinó, em Bangu (RJ), a unidade construída para 1.400 presos mantém hoje cerca de 2.500 encarcerados. A penitenciária é conhecida por abrigar chefes do tráfico dos morros cariocas e membros do Comando Vermelho. Segundo a CPI, o local é “insalubre e úmido” e parece um labirinto devido à falta de luz nos corredores. Presos portadores do vírus HIV e tuberculose se misturam em celas coletivas e superlotadas. Em 2013, 27 detentos fugiram pela tubulação de esgoto do presídio.
A situação precária do presídio veio à tona durante rebelião ocorrida em 2002, que terminou com 27 mortos – alguns deles decapitados. Dez anos depois, a penitenciária localizada na cidade de Porto Velho ainda tem problemas de superlotação e casos de tortura. O local tem capacidade para abrigar 420 presos, mas mantém atualmente 700 encarcerados. Segundo a CPI, as celas são abafadas e os detentos são agredidos pelos próprios agentes penitenciários. Em 2013, um funcionário do presídio foi assassinado e oito presos foram transferidos para penitenciárias federais.
Apelidado de “Novo Carandiru”, o complexo penitenciário mantém aproximadamente três presos por vaga. São 6.000 presos para 2.000 vagas disponíveis. A superlotação lembra os números do Carandiru, que já chegou a ter 8.000 presos para 3.500 vagas. Segundo a CPI, a penitenciária é marcada pela presença do Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que atua em 90% dos presídios paulistas.
O presídio cearense mantém cerca de 482 presos em condições precárias de higiene, alimentação e conservação das instalações. Segundo a CPI, os detentos recebem as refeições em sacos de plásticos e comem com as mãos por falta de talheres. O esgoto flui das celas para o pátio e há sujeira por toda parte. Entre os encarcerados de Sarasate, estão os acusados pelo envolvimento no célebre assalto ao Banco Central de Fortaleza.
O presídio no Recife (PE) tem capacidade para alojar 140 mulheres, mas mantém 660 presas em espaços com condições mínimas de higiene. Segundo a CPI, presas e filhos recém-nascidos dividem celas “insalubres e superlotadas” – algumas chegam a dormir com a cabeça encostada na privada por falta de espaço. Mulheres portadoras de doenças contagiosas dividem os pavilhões com presas sadias.
O presídio, construído para 66 mulheres, abriga atualmente 125 encarceradas. A CPI registrou denúncias de tortura e de assédio sexual praticado por agentes penitenciários homens, que são proibidos por lei de trabalhar em instituições penais femininas. Segundo o relatório, a superlotação leva algumas mulheres a dormirem nos corredores e na porta dos banheiros.
Na penitenciária piauiense, cerca de 780 detentos se espremem em oitenta celas com capacidade para 336 presos. Segundo a CPI, as instalações são precárias e escuras. Os presos habituados com a falta de iluminação do presídio são chamados de homens-morcegos. Foram registrados casos de tortura praticada por agentes penitenciários.
Uma das oito unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, a Casa de Detenção Masculina abriga 275 presos a mais do que a sua capacidade, 402. Desde 2008, o complexo é palco de batalhas entre facções rivais. Só no ano passado, 60 pessoas morreram. O colapso no presídio veio à tona com a divulgação de imagens das execuções nas quais aparecem detentos sendo decapitados e esquartejados. Segundo a CPI, há falta de água e de higiene na penitenciária, e os detentos são alimentados com comida estragada.
Uma CPI instaurada pela Câmara dos Deputados para apurar a situação do sistema prisional brasileiro fez o ranking dos piores presídios do país, em 2008.
3 comentários:
Temos que por todos para trabalharem, ajudar o próximo, construir as cidades e até mesmo a cadeia para que se tenha mais espaço; não podemos permitir que esses homens e mulheres permaneçam sem realizar nada na vida e saiam com a cabeça pior do que entrou, todos os bandidos tem que trabalharem o tempo todo, quem não trabalhar não come, quem não trabalha dorme no chão, quem não trabalha não recebe visita e assim por diante, visita intima só quando sair da cadeia, ou se for realmente casado tendo que provar no papel, nada de boi pra ninguém.
Na minha opinião as pessoas erram mais niguem merece viver em um lugar desses apesar de ter feito qualqquer ato ,mulheres com recem-nascidos estão em quartos com pouco espaço e mulheres que tem virus hiv e tuberculose ficam na mesma sela ? serio pow niguem merece ficar em um local desses as pessoas são pressas e em vez de sair de uma cadeia como uma pessoa que aprendeu que o que fez não e certo vai sair muito pior depois de ter vivido em um lixo com esses lugares .
fora que a comida estragada ? gente que mundo e esse que presso nao merece 2 chance eles são pessoas como nois ele nao merece comer porra de comida estragada ate pq não são porcos...
isso e muito triste saber que nesse mundo a justiça e horrivel.
SE as pessoas soubessem como é cair na cadeia errariam menos.
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