PAULO SANT’ANA
Além das monstruosidades ocorridas no Presídio de Pedrinhas no Maranhão, além das acusações que membro do Judiciário e integrantes do Ministério Público estão lançando sobre o Presídio Central, afirmando que se maquiam ali mortes violentas e torturas ocorridas entre os próprios presos, que como se sabe são os administradores da própria cadeia, espantou-me ontem o número de presos que morrem de pneumonia e tuberculose no nosso maior presídio gaúcho.
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O levantamento ontem publicado em Zero Hora transmite a ideia de que os presos que morrem por doenças são atirados à própria sorte no Presídio Central, sem tratamento, quando deveriam estar recolhidos a hospitais. Ou seja, se morre ali tanto de doença quanto de tortura e violências generalizadas.Isso é uma vergonha para a sociedade gaúcha, que não quer saber do que ocorre no Presídio Central.
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O fato de os presos administrarem a si próprios nas galerias do grande presídio é inacreditável. Imaginem o que acontece lá de submissão, tortura, escravidão. Imaginem as sevícias impostas pelos que se erigem, apesar de serem detentos, como comandantes das celas e das galerias. Essa é sem dúvida a maior mancha da sociedade brasileira e dos governos brasileiros, que não se importam com o destino dos presidiários e dão de ombros com o que acontece lá na escuridão dos cárceres, onde bichos dominam outros bichos, sob o silêncio das pessoas que estão pelo lado de fora das grades.
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Vergonha! Vergonha! Vergonha! Vergonha! Vergonha! Vergonha! Vergonha! Que nos envergonha a todos pelas ações de muitos e pela omissão de todos nós.
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