O SUL, 17/05/2013
WANDERLEY SOARES
Encontros poderão ser marcados até nas missas dominicais
Como um humilde marquês, aqui de minha torre, entendo que reduzir a superlotação das casas prisionais com a colocação nas ruas de apenados do regime semiaberto, equipados com tornozeleiras eletrônicas, corresponde a dar um refresco, por algum tempo, para os cidadãos que permanecerão nas celas e, paralelamente, facilitar a ação de profissionais do crime que, oficialmente, estarão no convívio direto e permanente com seus parceiros, livres, nas 24 horas do dia, para receberem visitas e até mesmo circularem pela cidade, entre os cidadãos de bem, e até marcarem encontros nas missas dominicais ou em cultos desses templos exóticos, que proliferam em todo o País, para lapidarem seus planos. O que será um refresco para a bandidagem determinará a permanência do sufoco para a sociedade. Sigam-me
Álibi
Ocorre que o apenado, em processo legítimo de ressocialização, terá sempre comportamento irrepreensível, com ou sem tornozeleira. De outra banda, o profissional do crime, terá, na tornozeleira, um álibi permanente e oficial para cada atividade ilegal que venha a exercer entre a sua casa e a sua paróquia. É preciso reconhecer que o Estado não tem estrutura para controlar a massa carcerária e, muito menos, os criminosos profissionais do semiaberto. Diante disso, são realizados experimentos mirabolantes como o das tornozeleiras. Quando o processo educacional e cultural desanda, não há tornozeleira que possa fazer retroceder as consequências. O Estado está todo atrapalhado com os menores infratores internados na Fase (ex-Febem) e ensaia o disciplinamento de adultos condenados. Enfim, assim escorrega a transversalidade na política da segurança pública do RS.
WANDERLEY SOARES
Encontros poderão ser marcados até nas missas dominicais
Como um humilde marquês, aqui de minha torre, entendo que reduzir a superlotação das casas prisionais com a colocação nas ruas de apenados do regime semiaberto, equipados com tornozeleiras eletrônicas, corresponde a dar um refresco, por algum tempo, para os cidadãos que permanecerão nas celas e, paralelamente, facilitar a ação de profissionais do crime que, oficialmente, estarão no convívio direto e permanente com seus parceiros, livres, nas 24 horas do dia, para receberem visitas e até mesmo circularem pela cidade, entre os cidadãos de bem, e até marcarem encontros nas missas dominicais ou em cultos desses templos exóticos, que proliferam em todo o País, para lapidarem seus planos. O que será um refresco para a bandidagem determinará a permanência do sufoco para a sociedade. Sigam-me
Álibi
Ocorre que o apenado, em processo legítimo de ressocialização, terá sempre comportamento irrepreensível, com ou sem tornozeleira. De outra banda, o profissional do crime, terá, na tornozeleira, um álibi permanente e oficial para cada atividade ilegal que venha a exercer entre a sua casa e a sua paróquia. É preciso reconhecer que o Estado não tem estrutura para controlar a massa carcerária e, muito menos, os criminosos profissionais do semiaberto. Diante disso, são realizados experimentos mirabolantes como o das tornozeleiras. Quando o processo educacional e cultural desanda, não há tornozeleira que possa fazer retroceder as consequências. O Estado está todo atrapalhado com os menores infratores internados na Fase (ex-Febem) e ensaia o disciplinamento de adultos condenados. Enfim, assim escorrega a transversalidade na política da segurança pública do RS.
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