Mais de um celular por cela em Caxias - ZERO HORA 13/07/2011
Vagas não querem dizer controle. A lição vem da Penitenciária Regional de Caxias do Sul (Percs), a única para presos comuns que não sofre com superlotação – tem vaga para 432 presos, e abriga 240 detentos (25 foram ontem transferidos a Ijuí). Inaugurada como prisão modelo em setembro de 2008, ela recebeu ontem o primeiro pente-fino de sua história e o resultado foi assustador: foram apreendidos, além de drogas, 59 celulares (mais que um por cela) e 34 armas artesanais.
Atrás das grades, presos se insurgiram contra PMs e tentaram evitar a revista nas celas. Todos haviam sido despertados antes de o sol raiar. Em menos de 10 minutos, 95 PMs tomaram as três galerias. Pelo menos 21 Termos Circunstâncias (TCs) foram confeccionados contra os detentos por desacato, resistência e ameaça. Os mais resistentes foram os da galeria C, onde há a maior destruição, provocada por motins ou quando presos cavam buracos para esconder drogas e obter pedaços de ferro para transformá-los em armas.
Ao final da manhã, montanhas de lixo, resto de madeiras, ferros e espumas de colchões e travesseiros estavam espalhados nas galerias. Nos pátios, presos seguiam a provocação contra PMs.
Apreensões: 59 celulares; 53 baterias; 32 chips; 20 carregadores; 238 trouxas de maconha; 61 papelotes de cocaína; 348 pedras de crack; R$ 1.981 em dinheiro.
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