Advogada teria participação em morte
DIOGO VARGAS | FLORIANÓPOLIS (SC)
Uma advogada de 28 anos foi presa ontem em Tubarão, no sul de Santa Catarina, por suspeita de envolvimento na execução de uma agente penitenciária em São José (SC), na Grande Florianópolis, há três meses.
Natural de Porto Alegre, Fernanda Fleck Freitas, 28 anos, é apontada pelo Ministério Público como mensageira de líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), responsáveis pela morte de Deise Alves, 30 anos, em 26 de outubro.
Presa em casa, a advogada não conseguiu explicar à polícia os motivos de ter visitado na cadeia, no mesmo dia do crime, os presos suspeitos de terem ordenado o assassinato.
Na decisão do juiz Otávio Minatto, sobre a prisão preventiva da advogada, Fernanda afirma ter sido contratada por uma mulher com iniciais H. para levar atualização processual, entregar peças de vestuário e arranjar visita íntima a presos. Ouvida pela polícia, H. relatou que procurou a advogada apenas para serviços de defesa de multas de trânsito e para tratar de assuntos relativos ao seu marido, que está preso. Negou ter contratado Fernanda para que visitasse outros detentos.
– Eu não fiz nada, não sou bandida, sou inocente. Nunca ia passar esse recado. Fui contratada por uma mulher que conheci em 2012. Não sabia de nada disso – declarou Fernanda.
Ela negou ter sido mensageira de presos que ordenaram a execução do então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. Os executores erraram o alvo, e Deise foi morta por engano no lugar do marido.
– O que temos contra ela é um relatório de visitas naquele dia a esses presos, sendo que ela não atua na área criminal – disse o delegado Rodrigo Green.
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