quarta-feira, 26 de março de 2014

PLANTA DO PRESÍDIO NAS MÃOS DO CRIME



ZERO HORA 26 de março de 2014 | N° 17744


MAURICIO TONETTO


ANTES DA INAUGURAÇÃO. Quadrilha estudava planta de presídio



A Penitenciária Masculina de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, ainda nem foi inaugurado, mas uma quadrilha de assaltantes de banco estava de olho nos detalhes do seu funcionamento para estudar rotas de fuga e possíveis resgates. Segundo a Polícia Civil, um grupo de criminosos, preso na semana passada em São Leopoldo e Sapucaia do Sul, tinha a planta baixa do prédio, que vai abrigar 529 apenados em regime fechado. Um funcionário da empresa que trabalhou na construção da cadeia no ano passado vazou o documento.

– O servidor fotografou a planta e a repassou. Eu, enquanto delegado, entendo que isso não representa um grande dano à segurança. Claro que o ideal é que nenhum criminoso tenha acesso a ela, é uma questão complicada na essência, só que ninguém vai entrar no presídio para resgatar alguém. Vai saber o que se passa no imaginário criminoso? – afirma o diretor da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) na região, Anderson Louzado.

De acordo com a delegada Elisabete Scopel, de São Leopoldo, a planta baixa estava em uma pasta recolhida com o bando. Pistolas, munições, miguelitos, camisetas da Polícia Federal e uma metralhadora também foram apreendidos com duas mulheres e três homens no dia 17 de março. Eles serão indiciados por formação de quadrilha.

A Justiça ainda não definiu quais presos serão transferidos para Venâncio Aires. Louzado garante que a penitenciária, que só aguarda a liberação de licenças ambientais para operar, será segura:

– Não tem como resgatar pelo pátio e pela porta da frente. Nós, inclusive, mostramos a maquete do presídio na Oktoberfest de Santa Cruz do Sul (em 2013) e em outros eventos públicos.

Anderson louzado, diretor da Susepe no Vale do Rio Pardo:

‘‘Eu, enquanto delegado, entendo que isso não representa um grande dano à segurança."



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