sábado, 27 de outubro de 2012

ONDE NÃO HÁ JUSTIÇA


Sempre alerto para estes dois ditados:

- "Onde não há justiça, aparecem os bandidos, rebeldes e justiceiros". 
- "Uma nação sem justiça perece, mesmo que seja grande."


Estes dois ditados retratam o sentimento do cidadão honesto, do bandido e do familiar do apenado que sofre com a falta de justiça para minimizar a situação constante de descaso, violência, tratamento desumano, insalubridade, insegurança e dignidade perdida dentro e fora dos presídios.

O ódio aumenta quando nobres senhores governantes se esbaldam nos privilégios, no descaso e nas improbidades impunemente, sem atentar para a insegurança nas ruas e lares, para o sofrimento das pessoas e para a falta de investimentos na reabilitação daqueles que ficam a margem da lei. Ao invés de presídios seguros e salubres, trabalho interno e externo e oportunidades de ressocialização previstas em Lei, os governantes fazem assistencialismo para calar reações.

A constituição prevê a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos já no primeiro artigo; estabelece no artigo 2º a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e objetiva erradicar a marginalização; e no terceiro coloca como princípios das relações a prevalência dos direitos humanos. Pena que os governantes deprezam estes primeiros artigos da Constituição e não é a toa que convivem em desarmonia e separados, como se não fossem partes integrantes do Estado e do governo. Os efeitos nocivos desta omissão conjunta recaem na justiça e na segurança pública.

Todo ser humano precisa ter uma segunda chance e oportunidades para se redimir, mas se estas são impedidas por falta de justiça e pelo descaso, o ódio pode torná-lo um "animal" cruel e descontrolado, ainda mais sendo submetido às leis do poder do crime.

Porém, tendo sido mais fácil e menos conflituoso com o poder político deixar livres os bandidos para o terror do cidadão, do que exigir condições dignas, oportunidades e cumprimento das leis.

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