segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RS TERÁ MAIS 5 MIL TORNOZELEIRAS

CORREIO DO POVO 25/11/2013 12:20

RS terá mais 5 mil tornozeleiras eletrônicas até fevereiro, anuncia Michels. Fugas caíram de 13% para 2%, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança


O Rio Grande do Sul deve contar com mais 5 mil tornozeleiras eletrônicas até fevereiro, anunciou o secretário de Segurança Airton Michels. Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o número de fugas no sistema prisional gaúcho caiu de 13% para 2% nos seis meses em que vigora o monitoramento eletrônico.

“Se no início havia uma desconfiança por parte do Poder Judiciário, ela está se dissipando. O próprio judiciário está percebendo que isso é eficiente e dá certo”, declarou Michels. As novas tornozelerias serão direcionadas a apenados das regiões da Serra e Noroeste. Os equipamentos serão trocados por modelos mais leves, com maior precisão de localização dos detentos e com uma sinta que avisará quando sair do contato com a pele.

Atualmente, cerca de 800 detentos estão sendo monitorados com o equipamento. Segundo o balanço, foram registradas 90 fugas desde que as tornozeleiras foram implantadas, representando 2% do total de apenados que utilizam os equipamentos. Dos 50 que seguem foragidos, 20 cometeram delitos. Sem os equipamentos, no entanto, ocorreram 1,2 mil fugas no primeiro trimestre do ano nos regimes aberto e semiaberto - 223 pessoas foram flagradas cometendo crimes, o equivalente a 13%. O Estado possui em torno de 6 mil presos no semiaberto, de um total de 28,5 mil da massa carcerária gaúcha.

Maria da Penha

A Secretaria de Segurança ainda divulgou nesta segunda-feira um projeto piloto que irá qualificar a patrulha Maria da Penha. Por meio de parceria com uma empresa privada, o Estado vai receber em dezembro 50 aparelhos. Eles vão funcionar como tornozeleiras, mas para monitorar casos de agressão, violência e ameaça contra a mulher.

Os equipamentos, no entanto, ficarão com as vítimas ameaçadas por companheiros. A novidade não trará custo ao governo do Estado e funcionará de maneira experimental.

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