sexta-feira, 15 de novembro de 2013

PCC NOS PRESÍDIOS DO RS

ZERO HORA 14/11/2013 | 13h21

Polícia Civil prende suspeitos de integrarem o PCC em presídios gaúchos. Iniciativa busca combater a organização criminosa que atua dentro e fora das penitenciárias, principalmente com tráfico de drogas e roubos

José Luís Costa e Thiago Tieze


A operação interestadual realizada na manhã desta quinta-feira pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, prendeu suspeitos de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro de presídios gaúchos. Os envolvidos detidos estão sendo encaminhados para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). É a primeira vez que o RS terá uma galeria exclusiva para integrantes do PCC.

A investigação, que começou há onze meses, descobriu que presos da Penitenciário Modulada de Ijuí faziam contatos com comparsas, via celular, para cometer crimes como tráfico de drogas. Os telefones dos presos foram grampeados e a polícia descobriu que eles eram vinculados ao PCC.

Os detentos faziam contatos com presos de outros Estados, negociando, principalmente, armas e drogas. As escutas telefônicas permitiram a apreensão de crack, cocaína e maconha em São Leopoldo, Carazinho, Santa Maria e Ijuí. A droga chegava de outros Estados para ser distribuída no RS. Para juntar dinheiro e auxiliar as famílias dos apenados, o grupo chegou a fazer rifa até de moto.

Envolvendo a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), no Rio Grande do Sul, além de órgãos de segurança em outros Estados, a ação busca combater a organização criminosa.

Até as 8h45min, haviam sido presas 26 pessoas, apreendidos celulares, drogas e contabilidades com os suspeitos. A Operação Interestadual Pirâmide tem como objetivo o cumprimento de 23 mandados de prisão temporária, nas cidades de Porto Alegre, Passo Fundo, Santo Ângelo, Uruguaiana, Ijuí, Santa Maria, Dourados, no Mato Grosso do Sul, e Petrolina, em Pernambuco, além de outros 24 de busca e apreensão em nove presídios gaúchos, um pernambucano e outro sul mato-grossense.

Cerca de 560 agentes de segurança, entre policiais civis e militares gaúchos e servidores da Susepe, além de 30 policiais pernambucanos e sul mato-grossenses, participam da ação que, segundo a Polícia Civil, busca evitar o estabelecimento de organização criminosa, de caráter nacional, que age dentro e fora de presídios, principalmente no crime de tráfico de drogas e roubos.

> Em VÍDEO, delegado explica como era feito o recrutamento de novos integrantes da facção criminosa no RS:


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