GLOBO TV, FANTÁSTICO Edição do dia 17/08/2014
Condenada pela morte dos pais, Suzane Richtofen vai para semiaberto. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais. O namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também participaram do crime.
Esta semana, a Justiça decidiu que uma das criminosas mais conhecidas do país vai para o regime semiaberto. Suzane Von Richthofen, condenada pelo assassinato dos próprios pais, vai poder sair da cadeia para trabalhar.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Manfred e Marísia. O namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também participaram do crime, em 2002.
Ao todo, Suzane já completou quase 12 anos da pena total - mais do que o um sexto necessário para ter direito ao semiaberto.
“O regime semiaberto é um regime mais brando, que atinge o sentenciado que já cumpriu uma parte da pena. No qual ele vai ter direito a algumas regalias como, por exemplo, cinco saídas temporárias durante o ano. E a possibilidade de trabalhar fora da penitenciária”, explica o promotor Luiz Marcelo Negrini Mattos.
Suzane já tinha pedido a mudança de regime em 2009, o que foi negado pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani. Para decidir sobre o assunto agora, a mesma juíza pediu um exame criminológico e um teste psicológico.
O exame criminológico foi feito por uma comissão técnica da Penitenciária de Tremembé. O grupo avaliou e concluiu que não há evidências de que Suzane ainda possa ser perigosa e voltar a cometer a crimes e que ela pode conviver em sociedade, sem riscos. Na decisão, a juíza destaca que todos os membros da comissão concordaram que Suzane está preparada para o semiaberto. O segundo laudo, o psicológico, foi feito a partir de uma ferramenta exclusiva dos psicólogos chamada “Teste de Rorschach”.
O repórter Valmir Salaro conversou com um psicólogo, que aplica o exame em criminosos e pediu para não ser identificado: “São dez pranchas com manchas de tinta e por ser um teste projetivo, a gente pede pro sujeito identificar, dizer pra gente o que ele percebe nessas manchas de tinta”, conta o psicólogo.
Uma outra psicóloga, especialista no teste, explica. “Aquilo que a pessoa dá como respostas traz para a gente a maneira com que essa pessoa se coloca no mundo. Como é a estrutura de personalidade da Suzane, depois de tanto tempo presa, como é que ela está vendo as outras pessoas, como é que ela está vendo o ambiente.”, conta Mônica Evelyn Thiago, especialista no teste de Rorscharch.
Um preso que é submetido a esse teste, ele consegue enganar o psicólogo? “Dificilmente vai conseguir enganar porque o teste vai captar elementos, traços da personalidade muito profundos”, diz o psisólogo.
Como aponta a juíza na decisão, o exame feito em Suzane revelou "egocentrismo elevado, conduta infantilizada, possibilidade de descontrole emocional, personalidade narcisista e manipuladora, agressividade camuflada e onipotência".
Os irmãos Cravinhos, condenados pelo mesmo crime, foram para o regime semiaberto em fevereiro de 2013. Eles não precisaram passar pelo teste psicológico. Só fizeram o criminológico.
“O exame criminológico deles, que foi realizado, não verificou ou comprovou a existência de alguma circunstância negativa ou que colocasse em risco o cumprimento da pena em um regime mais brando”, conta o promotor.
Fantástico: Eles demonstram arrependimento pelo crime que eles cometeram?
Mônica Maria e Silva, advogada dos Cravinhos: Muito. Muito.
Fantástico: Depois do crime, eles mantiveram contato?
Mônica: Não. Nunca mais. Ela tem a vida dela, eles têm a vida deles.
A juíza que concedeu o benefício a Suzane, afirma que o resultado do teste psicológico não é motivo suficiente para mantê-la no regime fechado. O artigo 112 da Lei de Execução Penal, citado por Sueli Armani, determina que um preso pode ir para o semiaberto quando tiver cumprido um sexto da pena e tiver bom comportamento carcerário.
De acordo com ela, se a Justiça fosse manter no regime fechado todos os presos com problemas psicológicos, "não haveria prisão suficiente nesta ou em qualquer outra localidade na face da Terra".
O promotor do caso, Luiz Marcelo Negrini Mattos, discorda da decisão da juíza. Para ele, existe risco: “Levando-se em conta o que foi apurado no teste realizado nessa avaliação psiquiátrica e a personalidade da Suzane, mais ainda a questão do tempo de pena a cumprir, nós acreditamos que, por enquanto, a chance dela fugir é muito grande. Nós vamos recorrer dessa decisão”, afirma.
O advogado de Suzane, Denivaldo Barni, disse que ela está preparada para o semiaberto. “Foi cumprida a lei. No nosso contato, ela chorou, estava muito emocionada de felicidade.”, diz Barni.
Ao G1, o advogado informou também que vai pedir para Suzane trabalhar com ele. No fim da decisão, a juíza afirma que, mesmo o semiaberto sendo um regime 'mais brando', Suzane Von Richthofen continuará sendo acompanhada e vigiada pela Justiça.
Condenada pela morte dos pais, Suzane Richtofen vai para semiaberto. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais. O namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também participaram do crime.
Esta semana, a Justiça decidiu que uma das criminosas mais conhecidas do país vai para o regime semiaberto. Suzane Von Richthofen, condenada pelo assassinato dos próprios pais, vai poder sair da cadeia para trabalhar.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Manfred e Marísia. O namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian, também participaram do crime, em 2002.
Ao todo, Suzane já completou quase 12 anos da pena total - mais do que o um sexto necessário para ter direito ao semiaberto.
“O regime semiaberto é um regime mais brando, que atinge o sentenciado que já cumpriu uma parte da pena. No qual ele vai ter direito a algumas regalias como, por exemplo, cinco saídas temporárias durante o ano. E a possibilidade de trabalhar fora da penitenciária”, explica o promotor Luiz Marcelo Negrini Mattos.
Suzane já tinha pedido a mudança de regime em 2009, o que foi negado pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani. Para decidir sobre o assunto agora, a mesma juíza pediu um exame criminológico e um teste psicológico.
O exame criminológico foi feito por uma comissão técnica da Penitenciária de Tremembé. O grupo avaliou e concluiu que não há evidências de que Suzane ainda possa ser perigosa e voltar a cometer a crimes e que ela pode conviver em sociedade, sem riscos. Na decisão, a juíza destaca que todos os membros da comissão concordaram que Suzane está preparada para o semiaberto. O segundo laudo, o psicológico, foi feito a partir de uma ferramenta exclusiva dos psicólogos chamada “Teste de Rorschach”.
O repórter Valmir Salaro conversou com um psicólogo, que aplica o exame em criminosos e pediu para não ser identificado: “São dez pranchas com manchas de tinta e por ser um teste projetivo, a gente pede pro sujeito identificar, dizer pra gente o que ele percebe nessas manchas de tinta”, conta o psicólogo.
Uma outra psicóloga, especialista no teste, explica. “Aquilo que a pessoa dá como respostas traz para a gente a maneira com que essa pessoa se coloca no mundo. Como é a estrutura de personalidade da Suzane, depois de tanto tempo presa, como é que ela está vendo as outras pessoas, como é que ela está vendo o ambiente.”, conta Mônica Evelyn Thiago, especialista no teste de Rorscharch.
Um preso que é submetido a esse teste, ele consegue enganar o psicólogo? “Dificilmente vai conseguir enganar porque o teste vai captar elementos, traços da personalidade muito profundos”, diz o psisólogo.
Como aponta a juíza na decisão, o exame feito em Suzane revelou "egocentrismo elevado, conduta infantilizada, possibilidade de descontrole emocional, personalidade narcisista e manipuladora, agressividade camuflada e onipotência".
Os irmãos Cravinhos, condenados pelo mesmo crime, foram para o regime semiaberto em fevereiro de 2013. Eles não precisaram passar pelo teste psicológico. Só fizeram o criminológico.
“O exame criminológico deles, que foi realizado, não verificou ou comprovou a existência de alguma circunstância negativa ou que colocasse em risco o cumprimento da pena em um regime mais brando”, conta o promotor.
Fantástico: Eles demonstram arrependimento pelo crime que eles cometeram?
Mônica Maria e Silva, advogada dos Cravinhos: Muito. Muito.
Fantástico: Depois do crime, eles mantiveram contato?
Mônica: Não. Nunca mais. Ela tem a vida dela, eles têm a vida deles.
A juíza que concedeu o benefício a Suzane, afirma que o resultado do teste psicológico não é motivo suficiente para mantê-la no regime fechado. O artigo 112 da Lei de Execução Penal, citado por Sueli Armani, determina que um preso pode ir para o semiaberto quando tiver cumprido um sexto da pena e tiver bom comportamento carcerário.
De acordo com ela, se a Justiça fosse manter no regime fechado todos os presos com problemas psicológicos, "não haveria prisão suficiente nesta ou em qualquer outra localidade na face da Terra".
O promotor do caso, Luiz Marcelo Negrini Mattos, discorda da decisão da juíza. Para ele, existe risco: “Levando-se em conta o que foi apurado no teste realizado nessa avaliação psiquiátrica e a personalidade da Suzane, mais ainda a questão do tempo de pena a cumprir, nós acreditamos que, por enquanto, a chance dela fugir é muito grande. Nós vamos recorrer dessa decisão”, afirma.
O advogado de Suzane, Denivaldo Barni, disse que ela está preparada para o semiaberto. “Foi cumprida a lei. No nosso contato, ela chorou, estava muito emocionada de felicidade.”, diz Barni.
Ao G1, o advogado informou também que vai pedir para Suzane trabalhar com ele. No fim da decisão, a juíza afirma que, mesmo o semiaberto sendo um regime 'mais brando', Suzane Von Richthofen continuará sendo acompanhada e vigiada pela Justiça.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - No Brasil da impunidade o crime compensa e brinda os criminosos com favores das leis e da justiça.
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