PRESOS NO BATENTE. “A vida honesta é bem melhor”
Eles pegaram 20 anos de cadeia. Condenados por homicídio. PAULO GERMANO
Depois de uma década encarcerados no regime fechado, Roque e Leomar se conheceram no semiaberto. Os dois assumem que erraram feio – não têm mais tempo para errar de novo.
– Tem presos que pedem para trabalhar, mas, na verdade, nem vão ao trabalho. Acabam se dando mal, não conseguem emprego depois. A gente não. A gente quer se ajeitar – diz Roque dos Santos, 33 anos, acomodando no chão uma placa de metal com o auxílio de Leomar Trosbach, 30 anos.
Há três meses, na zona norte de Porto Alegre, eles ajudam a erguer a Arena do Grêmio – a construtora OAS mantém 15 apenados trabalhando lá como serventes de obras. Toda noite, Roque e Leomar retornam ao Instituto Penal de Viamão para dormir. Não fogem porque não querem, dizem eles.
– A vida honesta é bem melhor – atesta Leomar.
Com o salário – R$ 713 –, Leomar só compra cigarros e o básico para a própria higiene. O resto vai para a mulher, que mantém na Capital a casa que o aguarda nos finais de semana. Roque ainda não ganhou esse direito: dorme na cadeia aos sábados e domingos, só pode passear três vezes por mês.
– Meu dinheiro vai todinho do banco para a minha mulher. É ela quem cuida das minhas filhas – conta Roque, com um sorriso.
Eles pegaram 20 anos de cadeia. Condenados por homicídio. PAULO GERMANO
Depois de uma década encarcerados no regime fechado, Roque e Leomar se conheceram no semiaberto. Os dois assumem que erraram feio – não têm mais tempo para errar de novo.
– Tem presos que pedem para trabalhar, mas, na verdade, nem vão ao trabalho. Acabam se dando mal, não conseguem emprego depois. A gente não. A gente quer se ajeitar – diz Roque dos Santos, 33 anos, acomodando no chão uma placa de metal com o auxílio de Leomar Trosbach, 30 anos.
Há três meses, na zona norte de Porto Alegre, eles ajudam a erguer a Arena do Grêmio – a construtora OAS mantém 15 apenados trabalhando lá como serventes de obras. Toda noite, Roque e Leomar retornam ao Instituto Penal de Viamão para dormir. Não fogem porque não querem, dizem eles.
– A vida honesta é bem melhor – atesta Leomar.
Com o salário – R$ 713 –, Leomar só compra cigarros e o básico para a própria higiene. O resto vai para a mulher, que mantém na Capital a casa que o aguarda nos finais de semana. Roque ainda não ganhou esse direito: dorme na cadeia aos sábados e domingos, só pode passear três vezes por mês.
– Meu dinheiro vai todinho do banco para a minha mulher. É ela quem cuida das minhas filhas – conta Roque, com um sorriso.
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