segunda-feira, 24 de outubro de 2011

VIGILÂNCIA E MONITORAMENTO

Presídio ganha novas câmeras - ROELTON MACIEL | JOINVILLE, DIÁRIO CATARINENSE, 24/10/2011

O Presídio Regional de Joinville deve ganhar novas câmeras de vigilância internas e externas a partir desta semana. Os 60 equipamentos já foram entregues e são a principal aposta do Departamento de Administração Prisional (Deap) para garantir o controle dos presos. Só este ano, foram sete fugas e 22 foragidos no local.

A licitação das câmeras ocorreu antes da intervenção pela qual o presídio passa há 15 dias.

– Vamos ter um grande Big Brother aqui dentro. Tudo será observado por um agente deslocado exclusivamente para esse trabalho – afirma o diretor do Deap, Leandro Soares Lima, fazendo referência ao reality show exibido na TV.

Segundo a direção interina do presídio, o posicionamento das câmeras deve permitir o monitoramento das áreas internas e externas do presídio. Algumas câmeras registram imagens de até sete quilômetros de distância. A direção poderá também observar o trabalho de agentes e de outros funcionários.

– Não tenho como dizer que isso vai acabar com as fugas de vez. Não existe unidade livre de fugas. Mas, com certeza, as ações dos presos vão ficar mais difíceis – destaca Lima.

O futuro diretor do presídio ainda não foi revelado. Simão Benício Marcellino, destituído pela intervenção após 20 dias de gestão, foi o nono diretor desde novembro de 2006. A intervenção foi prorrogada, extrapolando o limite inicial de 30 dias.

Na sexta-feira, a direção interina repassou uma lista de pedidos ao diretor do Deap, empossado no início do mês. A instalação de grades nos pavilhões 4 e 5, melhorias na iluminação e uniformes para os hoje 1.012 presos (a capacidade é de 680) são urgentes. O relatório cita ainda a necessidade de mais viaturas e de guarita permanente sobre os novos pavilhões, instalados em contêineres.

– Os pedidos serão encaminhados em algum momento. Os uniformes e a iluminação devem ser resolvidos nos próximos dias – afirma Lima.

Para ele, a principal falha para a fuga de 46 presos nos últimos 10 meses estava nos procedimentos.

– Não havia monitoramento adequado na parte de cima das celas. Só quando o agente ouvia algum barulho. Isso precisou ser resolvido imediatamente – critica.

Hoje, uma tenda improvisada abriga agentes que vigiam de cima os pavilhões 4 e 5. O Deap planeja substituí-la em breve por uma estrutura de metal. Com o reforço de agentes do Planalto Norte, a escala de plantonistas passou de 13 para 18 por turno.

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