Setenta funcionários devem ser ouvidos. Interventores querem saber as circunstâncias das seis fugas deste ano - DIÁRIO CATARINENSE, 12/10/2011
Os interventores do Presídio Regional de Joinville devem ouvir todos os cerca de 70 funcionários da unidade nos próximos dias. Agentes prisionais e profissionais terceirizados serão questionados no processo de apuração das circunstâncias das seis fugas deste ano, que resultaram em 23 foragidos.
O interventor da unidade, Euclides da Silva, garante que a sondagem será apenas informal.
–Não haverá sindicância. Vamos fazer reuniões com os profissionais de cada plantão. Nosso objetivo é trocar experiências para identificar o que vinha acontecendo de errado neste período – diz Euclides.
Ele e o agente penitenciário Erli Hildo Martins assumiram a direção interina do presídio desde a última segunda-feira, quando o então diretor Simão Benício Marcellino foi afastado definitivamente do cargo.
Simão ganhou férias de um mês e voltará a controlar a Unidade Prisional Avançada (UPA) de Barra Velha após os 30 dias de descanso.
Euclides comandava o presídio de Florianópolis, que fica no Complexo Prisional da Agronômica, e Erli trabalhava na escolta de detentos da penitenciária da Capital. O diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Antônio Soares Lima, diz que a intervenção era necessária por causa do recente histórico de fugas da unidade. Até ontem, 23 presos que fugiram desde o começo do ano não foram recapturados. Desde ontem, os interventores contam com o reforço de cinco agentes prisionais. As escalas de plantão passaram a ser formadas com 20 agentes para vigirar os 960 internos.
A proporção ideal de agentes nas unidades prisionais seria de cinco detentos para cada agente, conforme resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, assinada em 2009. O número tem como base a proporção das unidades na maioria dos países europeus.
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