Agentes da Susepe paralisam as atividades no Estado. Operação-padrão fez com que nenhum agente da superintendência escoltasse presos nesta segunda-feira
Ao meio-dia desta segunda-feira, os agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) começaram uma operação-padrão. Assim, somente nesta tarde, segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Amapergs), Cristiano Fortes, cerca de 150 audiências com presos deixaram de ser realizadas, bem como quaisquer transferências entre estabelecimentos prisionais.
O sindicato decidiu iniciar a paralisação após reunião com servidores, que reclamaram de diárias atrasadas e das precárias condições de trabalho. Para Fortes, a realização da operação-padrão obriga os agentes a não saírem às ruas por falta de segurança.
— Queremos segurança no trabalho. Nossos coletes estão vencidos, e as viaturas, em precárias condições. Temos viaturas de 30 anos. O Trovão (ônibus para transporte de apenados), por exemplo, é de 1982 — afirma Fortes.
De acordo com o diretor do sindicato, para que o transporte de presos seja feito de forma segura, é necessário três agentes para um detento e, para que se alcance esta situação, seriam necessárias 150 contratações via concurso.
No início da noite, o diretor de Segurança da Susepe, Mario Pelz, reuniu-se com os servidores e prometeu apresentar, até a manhã de terça, uma proposta formal do Governo.
A paralisação continua por tempo indeterminado até que, em assembleia, a categoria aprecie a proposta e dê por encerrada a mobilização.
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