segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

PRESÍDIO JOGA ESGOTO NO RIO

G1 24/12/2012 14h15 - Atualizado em 24/12/2012 14h15

Esgoto da Penitenciária do Jacuí, RS, cai direto em águas de rio. PEJ foi interditada pela Justiça para entrada de presos sem condenação. Segunda maior penitenciária do estado tem infraestrutura comprometida.

Roberta SalinetDa RBS TV





Além da infraestrutura comprometida e da mistura de presos perigosos com primários, a Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, na Região Carbonífera do Rio Grande do Sul, apresenta outro grave problema: o desrespeito com o meio ambiente. O esgoto que sai do presídio cai direto nas águas do Rio Jacuí, um dos mais importantes do estado, que fica a 50 metros da penitenciária, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço (veja o vídeo).

A situação da segunda maior penitenciária do estado foi mostrada em reportagem no Teledomingo do dia 23 de dezembro (vídeo abaixo). A partir do dia 1º de janeiro, a Penitenciária Estadual do Jacuí não receberá mais presos sem condenação. A medida foi tomada pela Justiça a partir de um pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul.

A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) informou que vai cumprir a decisão a partir da data determinada.

A decisão foi encaminhada à Susepe no final da tarde da sexta-feira (21). Segundo o juiz Sidinei Brzuska, responsável pela fiscalização dos presídios do estado, a PEJ não tem condições sanitárias e de infraestrutura para continuar recebendo detentos. Além disso, a mistura de integrantes da facções perigosas com presos primários dificulta a ressocialização dos detentos e facilita a aquisição de mão de obra por essas facções, conforme Brzuska.



"Contraria o bom senso e fere a consciência que se aceite continuar a fazer o que hoje está ocorrendo, com a remessa para a PEJ de presos primários, de primeira entrada, os quais são alojados em galerias abertas e em ambiente altamente contaminado pelo crime e dominado por facções", destaca o juiz na decisão.

Um laudo técnico do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, o CREA, ainda classifica o prédio com um grau "crítico" e com estruturas irrecuperáveis.

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