MAUS-TRATOS E TORTURA. Brasil rechaça relatório de direitos humanos dos EUA. Relatório critica a polícia brasileira, acusando-a de desrespeito aos direitos humanos e de maus-tratos, tortura e assassinato de pessoas presas - OPINIÃO E NOTÍCIA, 09/04/2011
O governo brasileiro reagiu com ênfase a um relatório sobre os direitos humanos no mundo divulgado nesta sexta-feira, 8, pelos EUA.
“O governo brasileiro não se pronuncia sobre o conteúdo de relatórios elaborados unilateralmente por países, com base em legislações e critérios domésticos, pelos quais tais países se atribuem posição de avaliadores da situação dos direitos humanos no mundo. Tais avaliações não incluem a situação em seus próprios territórios e outras áreas sujeitas de fato à sua jurisdição”, pronunciou-se o Itamaraty, em comunicado.
O relatório norte-americano critica a polícia brasileira, acusando-a de desrespeito aos direitos humanos e de maus-tratos, tortura e assassinato de pessoas presas, e ressalta os problemas do trabalho escravo e do trabalho infantil no Brasil.
A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, também reagiu fortemente ao relatório:
“Nenhuma questão contida no relatório é nova, assim como não é novo eles se arvorarem em apontar situações diversas sem que analisem suas próprias contradições. Para o mundo, também seria interessante debater a situação de tratamento desumano dos presos de Guantánamo, o tratamento de emigrantes na fronteira com o México, a existência da pena de morte em alguns estados e até a prática de castigos físicos em escolas para disciplinar crianças”.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Concordo com a Ministra de que "nenhuma questão contida no relatório é nova", porém esta é a nossa maior preocupação, pois "estas questões já sabidas a muito tempo" deveriam estar sanadas e seus responsáveis indicados criminalmente. Esta é a nossa esperança com a atual, dedicada e proativa Ministra. Chega a parcimônia e de benevolências com quem desrespeita e comete crimes contra os direitos humanos, especialmente nas casas prisionais. É hora de analisar e agir e não rechachar relatórios e críticas e continuar na oratória.
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