segunda-feira, 18 de abril de 2011

DE DENTRO DA CADEIA - MANDANDO MATAR

MORTES POR ENCOMENDA - Confira conversas travadas por Maradona, a partir da prisão, com comparsas. Zero Hora reproduz as conversas originais, mantendo erros gramaticais. - ZERO HORA 18/04/2011

Maradona dá ordens ao comparsa chamado Café para executar Fabricio Rosa, trabalhador e sem antecedentes, que seria amante da mulher do traficante. Ele usa a expressão beijão, uma gíria para tiros:

Maradona – Beijão, beijão, beijão, daquele jeitão, beijo bem dado, entendeu?
Café – Bem dado na bochecha, e já é.

Maradona – Isso. E daí tu dá mais uma conferida pra não ter imprevisto.

Maradona fala novamente com o comparsa, que recém havia baleado, a mando do traficante, Robson Machado de Deus, o Guinho, que teria se envolvido com a filha dele. O rapaz sobrevive ao ataque:

Café – Eu tava sapecando o cara. Dei um do lado do ouvido, do lado do ouvido. Daí, tá
encostando os homem, meu. Encostou os homem, eu larguei.
Maradona – Tá, mas tu conseguiu acertar ele?

Café – Acertei vários estouros, mas vai saber se ele morreu, meu. Acertei do lado do
ouvido dele. Do lado! Eu vi na cara dele, no lado do ouvido, no tímpano dele, meu.

A Brigada Militar chegou no local logo depois dos disparos e conseguiu prender o integrante da quadrilha comandada por Maradona. Ele foi detido enquanto ainda falava
ao celular:

Maradona – Qual é que foi? (vozes dos policiais militares ao fundo)

Policiais – Levanta as mãos! Levanta as mãos! Levanta as mãos, fica paradinho!

Apesar de levar vários tiros, a vítima não morreu na hora e foi hospitalizada em Novo
Hamburgo. Maradona telefona para a casa de saúde:

Funcionária – Eles ficaram 15 minutos, hoje, tentando reviver ele.
Maradona – E conseguiram?

Funcionária – Conseguiram. Ah, mas não se sabe se vai passar. A médica disse pra família se preparar.

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