CORREIO DO POVO, 04/06/2012
Desde o final de semana, os detentos da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Charqueadas, têm a sua disposição um Protocolo de Ação Conjunta (PAC), com 60 vagas. Com estas, de acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a casa prisional já tem cem presidiários trabalhando na detenção. O investimento do empresariado é de R$ 2 milhões. A apresentação das empresas contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Airton Michels.
Na próximas semanas, outra empresa deverá iniciar a construção de sua área de produção, que vai gerar mais 30 vagas. Os detentos irão trabalhar para empresas de móveis e estofados, de telhas e tijolos de concreto e de pufes e colchões. O serviço será executado nas estruturas construídas pelos apenados, onde ficarão abrigadas as linhas de montagens das firmas.
O superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, salientou a importância de parcerias para proporcionar oportunidades de trabalho e renda aos apenados. "O sistema penitenciário não funciona sem o envolvimento da sociedade", garantiu. Um dos primeiros PACs realizados na Colônia Penal surgiu da experiência de um detento que passou pelo Presídio de São Jerônimo e hoje cumpre pena em regime domiciliar. Ele conta que sua motivação nasceu de não ter conseguido a mesma oportunidade (fora da prisão) e a vontade de ajudar. "Durante seis anos, vi pessoas que precisavam ter o que fazer e eu quero colaborar para que isso se torne realidade", relatou.
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