Gabriel Jacobsen/Rádio Guaíba
Servidores da Susepe recorrem contra segurança privada em presídio gaúcho. Unidade de Venâncio Aires será a primeira a contar com o serviço no RS
O Sindicato dos Servidores da Susepe (Amapergs) vai pedir que o Ministério Público (MP) investigue a contratação de uma empresa privada para atuar na área de segurança do Presídio de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Segundo o presidente da entidade, Cristiano Fortes, a principal alegação é o custo elevado aos cofres públicos. O Estado vai despender R$ 1,5 milhão por mês somente para a segurança privada, arcando ainda com a alimentação dos presos e com a estrutura administrativa do presídio.
“Procuramos o MP por considerar que se trata de um prejuízo ao erário. Achamos muito alto o custo de R$ 1, 5 milhão por mês, o Estado ainda vai pagar a alimentação e ter servidores da Susepe lá dentro para gerir o presídio”, afirmou o sindicalista.
O presidente ainda questiona a competência dos funcionários da empresa para lidar com os detentos. “Um curso para servidor penitenciário aprovado em concurso é de no mínimo seis meses. Como pode uma empresa privada em 30 dias habilitar um funcionário a cuidar de um serviço tão essencial como a segurança de um preso?”, indagou Fortes.
O novo presídio deve começar a funcionar dentro de um mês. Conforme o titular da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Gelson Treisleben, os 160 trabalhadores devem atuar por um período de seis meses. É a primeira vez que o Rio Grande do Sul testa a medida. Segundo o gestor, outros estados já atuam dessa forma. Treisleben garante que o Estado se mantém na administração do presídio.
Segundo o superintendente, depois desse período inicial, a ideia é que os seguranças do Instituto Nacional de Administração Prisional (Inap) sejam substituídos por servidores do Estado que serão contratados através de concurso público. A casa vai ter 529 vagas. O custo por preso chega a R$ 2,7 mil por mês. O diretor do Sindicato dos Servidores da Susepe (Amapergs), Cristiano Fortes, entende que a medida é um desserviço à sociedade.
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