quarta-feira, 24 de setembro de 2014

DESTRUIÇÃO DE PARTE DO PRESÍDIO CENTRAL

CORREIO DO POVO, RD GUAÍBA, 24/09/2014 13:06


Susepe solicita destruição de parte do Presídio Central. Até 800 presos teriam que ser transferidos




Até 800 presos teriam que ser transferidos
Crédito: MPRS / Divulgação / CP


Por Lucas Rivas

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) encaminhou proposta para demolição dos Pavilhões C e D do Presídio Central de Porto Alegre à Vara de Execuções Criminais (VEC). A sugestão foi analisada pelo titular da VEC, juiz Sidinei Brzuska, nessa terça-feira.

Conforme o magistrado, a destruição começaria sem que houvesse um projeto de reaproveitamento do local. Os pavilhões C e D abrigam cerca de 350 e 800 presos, respectivamente. Para desativar essas duas unidades, a Susepe solicitou a VEC a transferência dos apenados para outras casas prisionais.

O juiz Sidinei Brzuska ressaltou, contudo, que a abertura dessas vagas não será preenchida com a chegada de novos detentos ao Central. “Se for destruído o Pavilhão C e D, a entrada de presos no Central terá que ser reduzida. Assim, algumas cidades aqui da volta, - que entregam presos no Central - terão que entregar em outro lugar. Em razão deste pedido (de transferência), eu solicitei esclarecimentos para saber para onde vão os novos presos”, disse.

O Pavilhão C é, há décadas, o mais conservado do Central, segundo Brzuska. O setor ainda conta celas com portas de madeira desde a época da construção. Uma das alternativas para receber estes presos é a própria Penitenciária de Montenegro, que estava impedida de abrigar em função do baixo número de agentes penitenciários.

A Susepe informa que novas reuniões serão realizadas com o Judiciário para esclarecer o processo de transferência de presos e alinhavar a desativação da unidade.

O Piratini já tinha informado que pretende desativar ou remodelar o Presídio Central até o fim de 2014. Considerada a pior penitenciária do Brasil, o Central já abrigou mais de 5,3 mil detentos num espaço para 2,06 mil.

Um comentário:

Elieser Leal disse...

Não consegui entender,a destruição do pavilhão C, uma vez que esse é um dos que tem melhores condições e poderia ser mantido ou reaproveitado até que se tenha vagas suficientes (se é que alguém acredita nisso). De qualquer forma, tenho visto o tratamento desse tema tratado mais com um viés político do que técnico. Uma pena...