sábado, 8 de fevereiro de 2014

FALTA DE ÁGUA REVOLTA PRESOS DO PRESIDIO CENTRAL DE POA

ZERO HORA 08 de fevereiro de 2014 | N° 17698

CLÁUDIO RABIN


PRESÍDIO CENTRAL. Problema no bombeamento para as caixas teria ocorrido devido às altas temperaturas de ontem


A falta de água no Presídio Central, aliada às altas temperaturas de ontem, em Porto Alegre, ocasionou um princípio de motim nas galerias da maior cadeia gaúcha. Por volta das 22h, presos se revoltaram com a situação e começaram a fazer barulho batendo nas grades das celas. Eles também atearam fogo a colchões e panos e os atiraram pelas janelas.

O problema ocorreu porque o calor teria gerado defeitos no funcionamento das bombas que levam água até as caixas, a partir do final da tarde de ontem.

Revoltados com a situação, os detentos começaram a gritar “Água! Água!” e a bater em sequência nas grades das galerias. Eles teriam ateado fogo a colchões e panos, jogando-os pelas janelas de pelo menos dois pavilhões.

Conforme a assessoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), o protesto começou por volta das 22h nos pavilhões B e F. A Susepe acrescentou que a solução havia sido negociado com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), que deveria enviar até o final da noite caminhões pipa para abastecer as caixas d’água do local.

Mesmo assim, a Brigada Militar colocou a tropa de choque em prontidão. Não houve registros de reféns.

Houve falta de água durante a tarde desta sexta-feira, mas há relatos de que ocorreram interrupções no abastecimento durante toda a semana. Às 23h15min de ontem, a situação começou a ser controlada.

A companheira de um preso disse que na terça-feira faltou luz durante o horário de visita e que, por isso, as mulheres não puderam esquentar as refeições.

Outra reclamação dos detentos é que a greve dos ônibus, em Porto Alegre, tem prejudicado diretamente a locomoção de mulheres e parentes até o Presídio Central.

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