G1 FANTÁSTICO Edição do dia 03/05/2015
Itamaraty diz que existem 2.787 brasileiros presos no exterior. Não há mais nenhum brasileiro no corredor da morte, mas 20 cumprem pena de prisão perpétua fora do Brasil.
Não há mais nenhum brasileiro no corredor da morte, mas 20 cumprem pena de prisão perpétua fora do Brasil. Você faz ideia de quantos brasileiros estão presos no exterior? Segundo o Itamaraty, até dezembro de 2014, 2.787 brasileiros estavam atrás das grades em todos os continentes.
Na Europa, são 1.046, mais da metade na Espanha e Portugal, a maioria por tráfico de drogas.
Em Portugal, o tráfico internacional de drogas pode dar até 25 anos de prisão. Mas por conta de um acordo internacional, os presos brasileiros podem ser transferidos para prisões do Brasil, mas antes precisam cumprir pelo menos metade da sentença em Portugal. Os brasileiros presos por tráfico de drogas são condenados em média de oito a dez anos de prisão.
Na Grã-Bretanha, são 40 brasileiros na cadeia. Um desses casos foi destaque no Fantástico: um especialista em computadores que perseguia mulheres pela internet.
Cristian Antônio Pereira foi condenado no Paraná por estupro e assédio sexual. Ele fugiu para a Inglaterra e cometeu os mesmos crimes, mas foi preso no fim de 2014. Ele era um hacker que invadia perfis de mulheres em redes sociais e chantageava as donas: só devolveria o perfil se elas fizessem sexo virtual ou real com ele. Cristian foi condenado a 13 anos e meio no país. Depois, será deportado para o Brasil para cumprir a pena a que foi condenado.
Desses brasileiros presos lá fora, mais de 2.200 são homens e 482 são mulheres. E há ainda 50 pessoas que mudaram de sexo.
Todos os travestis e transgêneros detidos no exterior estão na Europa. São 40 na Itália e mais 10 na França. Prostituição, tráfico de pessoas e de drogas são os principais motivos.
Na África, o tráfico de drogas é o único motivo.
“No final de 2014, nós tínhamos 864 brasileiros presos por narcotráfico, do nosso conhecimento, espalhados em várias regiões. Mas é interessante que em algumas regiões eles são a maioria. Então na África, por exemplo, 100% dos brasileiros presos são por narcotráfico”, destaca Luíza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior.
No Oriente Médio, esse índice cai para 73%.
Na Ásia e Oceania, o número de presos é alto: 433. No Japão, roubos e furtos são os crimes mais comuns cometidos por brasileiros. Para os crimes mais graves, a lei prevê pena de morte e também prisão perpétua. Seis brasileiros devem passar o resto da vida encarcerados. O regime na cadeia é super-rigoroso.
Todos os presos são obrigados a trabalhar. Falar entre si? Só em alguns momentos do dia. E a comunicação com pessoas de fora é rigidamente controlada: as cartas são lidas pelos guardas. E em dia de visita, todas as conversas têm que ser em japonês: se precisar de um tradutor, o preso é que paga.
Na América Central e Caribe, são 15 presos. Na América do Sul, 823. É na América do Sul que estão todos os menores brasileiros presos no exterior: sete, ao todo. Um deles, na Argentina, por ter matado um homem a pedradas durante uma briga por drogas.
O Itamaraty informou que o número de presos no estrangeiro diminuiu 13% entre 2013 e 2014.
A maior queda foi nos Estados Unidos. O número de brasileiros no país caiu 44%. Hoje são 406. Os motivos? Tem de tudo: desde as infrações mais leves, como dirigir sem habilitação, desrespeitar o visto e permanecer no país mais tempo do que o permitido, até as infrações mais pesadas, como agressão, homicídio, tráfico de drogas e contrabando de imigrantes, os chamados "coiotes", gente que traz imigrantes de maneira ilegal para dentro do país.
Itamaraty diz que existem 2.787 brasileiros presos no exterior. Não há mais nenhum brasileiro no corredor da morte, mas 20 cumprem pena de prisão perpétua fora do Brasil.
Não há mais nenhum brasileiro no corredor da morte, mas 20 cumprem pena de prisão perpétua fora do Brasil. Você faz ideia de quantos brasileiros estão presos no exterior? Segundo o Itamaraty, até dezembro de 2014, 2.787 brasileiros estavam atrás das grades em todos os continentes.
Na Europa, são 1.046, mais da metade na Espanha e Portugal, a maioria por tráfico de drogas.
Em Portugal, o tráfico internacional de drogas pode dar até 25 anos de prisão. Mas por conta de um acordo internacional, os presos brasileiros podem ser transferidos para prisões do Brasil, mas antes precisam cumprir pelo menos metade da sentença em Portugal. Os brasileiros presos por tráfico de drogas são condenados em média de oito a dez anos de prisão.
Na Grã-Bretanha, são 40 brasileiros na cadeia. Um desses casos foi destaque no Fantástico: um especialista em computadores que perseguia mulheres pela internet.
Cristian Antônio Pereira foi condenado no Paraná por estupro e assédio sexual. Ele fugiu para a Inglaterra e cometeu os mesmos crimes, mas foi preso no fim de 2014. Ele era um hacker que invadia perfis de mulheres em redes sociais e chantageava as donas: só devolveria o perfil se elas fizessem sexo virtual ou real com ele. Cristian foi condenado a 13 anos e meio no país. Depois, será deportado para o Brasil para cumprir a pena a que foi condenado.
Desses brasileiros presos lá fora, mais de 2.200 são homens e 482 são mulheres. E há ainda 50 pessoas que mudaram de sexo.
Todos os travestis e transgêneros detidos no exterior estão na Europa. São 40 na Itália e mais 10 na França. Prostituição, tráfico de pessoas e de drogas são os principais motivos.
Na África, o tráfico de drogas é o único motivo.
“No final de 2014, nós tínhamos 864 brasileiros presos por narcotráfico, do nosso conhecimento, espalhados em várias regiões. Mas é interessante que em algumas regiões eles são a maioria. Então na África, por exemplo, 100% dos brasileiros presos são por narcotráfico”, destaca Luíza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior.
No Oriente Médio, esse índice cai para 73%.
Na Ásia e Oceania, o número de presos é alto: 433. No Japão, roubos e furtos são os crimes mais comuns cometidos por brasileiros. Para os crimes mais graves, a lei prevê pena de morte e também prisão perpétua. Seis brasileiros devem passar o resto da vida encarcerados. O regime na cadeia é super-rigoroso.
Todos os presos são obrigados a trabalhar. Falar entre si? Só em alguns momentos do dia. E a comunicação com pessoas de fora é rigidamente controlada: as cartas são lidas pelos guardas. E em dia de visita, todas as conversas têm que ser em japonês: se precisar de um tradutor, o preso é que paga.
Na América Central e Caribe, são 15 presos. Na América do Sul, 823. É na América do Sul que estão todos os menores brasileiros presos no exterior: sete, ao todo. Um deles, na Argentina, por ter matado um homem a pedradas durante uma briga por drogas.
O Itamaraty informou que o número de presos no estrangeiro diminuiu 13% entre 2013 e 2014.
A maior queda foi nos Estados Unidos. O número de brasileiros no país caiu 44%. Hoje são 406. Os motivos? Tem de tudo: desde as infrações mais leves, como dirigir sem habilitação, desrespeitar o visto e permanecer no país mais tempo do que o permitido, até as infrações mais pesadas, como agressão, homicídio, tráfico de drogas e contrabando de imigrantes, os chamados "coiotes", gente que traz imigrantes de maneira ilegal para dentro do país.
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