quinta-feira, 17 de junho de 2010

DESCONTROLE - Presos comandam tráfico internacional de armas e drogas


PF faz operação em presídios do Rio contra tráfico internacional de armas e drogas - 17/06/2010 às 14h25m; Antonio Werneck - O Globo e G1

RIO - A Polícia Federal cumpriu 14 mandados de prisão até o início da tarde desta quinta-feira, numa operação para desbaratar uma organização criminosa que, dentro de presídios, comanda um esquema internacional de tráfico de drogas e armas. Deste total, cinco mandados foram entregues diretamente nas cadeias, uma vez que os criminosos já cumprem pena por outros delitos. A ação foi batizada de Patente, por causa das freqüentes viagens dos investigados para as regiões de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, e Capitán Bado, no Paraguai.

Integrantes de duas facções criminosas que comandam presídios e morros do Rio e de São Paulo, uma advogada e um empresário do ramo de transportes estão entre os presos. Dois suspeitos ainda estão foragidos, no Paraguai. Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão no Rio, Petrópolis, Duque de Caxias e São Paulo.

As buscas foram concentradas em quatro presídios do Rio, de onde os presos de uma facção criminosa comandariam uma rede que traria armas do Paraguai para as favelas cariocas, com uma conexão em Mato Grosso do Sul. Os policiais visitaram os presídios Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte; Jorge Santana, Vicente Piragibe e Gabriel Castilho, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. O chefe do grupo, Lenildo da Silva Rocha, foi preso em um restaurante da Zona Sul do Rio na última quarta-feira.

Segundo a Polícia Federal, os presos faziam das celas verdadeiros escritórios do crime, determinando todos os passos de seus comparsas em liberdade e até negociavam propinas oferecidas a policiais paraguaios. O grupo era responsável pelo envio de uma média mensal de 15 fuzis automáticos para o Rio, que depois eram distribuídos para São Paulo, Caxias e Petrópolis.

As armas eram compradas no Paraguai, na cidade de Capitán Bado, e atravessavam a fronteira até a cidade de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. De lá, escondidas em fundos falsos de caminhões e carros seguiam para os morros do Rio e favelas de São Paulo.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Acreditem! Em quatro presídios do Rio, presos comandam uma rede de tráfico de armas e drogas do Paraguai para as favelas cariocas, com uma conexão em Mato Grosso do Sul. As celas éram "verdadeiros escritórios do crime" de onde monitoravam e determinavam a vida dos comparsas em liberdade e negociavam propinas para policiais paraguaios. Como eles têm toda esta liberdade? AFINAL, QUEM CONTROLA OS PRESÍDIOS?

Nenhum comentário: