sábado, 15 de agosto de 2009

ESQUEMA FAZIA A RECEPTAÇÃO, TRANSPORTE E VENDA DE CELULARES PARA PRESOS EM SEGURANÇA "MÁXIMA".


É FACIL TER CELULAR DENTRO DE UM PRESÍDIO DENOMINADO DE "SEGURANÇA MÁXIMA". ALGUMA COISA ESTÁ ERRADA. LEIA O SUMÁRIO DA NOTÍCIA PUBLICADA EM ZERO HORA DE 15/08/2009.

Desmontado esquema que levava celular a presídios - RENATO GAVA, ZH

Mulher de preso confessou que comprava aparelhos roubados e furtados para repassá-los a detentos. A 3ª DP de Canoas descobriu, ontem, um esquema que, em cerca de um ano, pode ter colocado mais de 300 celulares nas mãos de apenados da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Em depoimento, a mulher de um presidiário confessou que comprava celulares roubados e furtados e os repassava para os detentos. O material entrava na PEJ todas as semanas, levado pelo motorista do caminhão de lixo, que já foi identificado pela polícia e será ouvido nos próximos dias. Um técnico em telefonia também fazia parte da quadrilha. Cumprindo mandado de prisão, agentes da PC foram até a casa de Juliana e localizaram 14 celulares, 50 carregadores, carteiras de identidade e aparelhos de DVD, todos roubados. Na delegacia, a mulher confirmou os crimes. Mais de 300 aparelhos foram repassados - Em depoimento, a mulher do presidiário calculou em “mais de 300” o número de aparelhos que repassou aos presidiários. Os policiais encontraram um extrato da conta bancária dela, no qual o saldo era de pouco mais de R$ 37 mil no início de agosto. Em meio à Operação CrimeCell, a polícia tenta localizar os assaltantes que atacaram as duas residências e ver a ligação de ambos com Juliana.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA:

RECEPTAÇÃO - Segundo apuração da Polícia Civil de Canoas, a ação para fornecer celular iniciava com Juliana Xavier Crizel, 28 anos que comprava celulares roubados e furtados. De acordo com a polícia, ela pagava entre R$ 10 e R$ 40, dependendo do aparelho.

SERVIÇO - Um técnico trocava os chips dos celulares e fazia as modificações necessárias para os aparelhos voltarem a funcionar.

TRANSPORTE - A mãe de um presidiário recebia os aparelhos e os carregadores e os entregava para o motorista do caminhão de lixo que fazia o serviço na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Conforme a polícia apurou, eram 10 aparelhos de cada vez. O motorista recebia R$ 200 por cada aparelho para deixar o pacote na penitenciária.

ENTREGA - É a parte sobre a qual a polícia tem até agora menos informações. A primeira hipótese é de que o motorista deixava o material em um local já definido, com um presidiário. Conforme o delegado Moacir Fermino, será feita uma investigação para saber se não houve favorecimento por parte de algum funcionário do presídio.

QUANTIDADE - Foram vendidos pelo menos 300 aparelhos em menos de um ano, todos para a PEJ. A receptadora ganhava R$ 300, por cada celular, que era vendido no presídio a R$ 1,2 mil. A polícia conseguiu um extrato de sua conta bancária, na qual o saldo, este mês, era de R$ 37 mil.

CONTROLE - Marido da receptadora, o apenado Edilson Gross Pedro, 32 anos, era o representante da “empresa” na PEJ. Ele vendia o aparelho a outros presos e ficava com parte do dinheiro, dividido ainda entre o resto do bando: motorista, mãe de um preso, técnico em telefonia e pelo menos mais um apenado, que seria o braço direito de Edilson na cadeia.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - DE QUE ADIANTAM OS ESFORÇOS DOS POLICIAIS PARA IDENTIFICAR E PRENDER ESTES BANDIDOS, DESBARATAR QUADRILHAS E ARRISCAR A VIDA EM CONFRONTOS SE ESTES, MEMSOS PRESOS, AINDA CONTINUAM COMANDANDO SUAS FACÇÕES,CONTROLANDO SEUS NEGÓCIOS E ATERRORIZANDO A SOCIEDADE?

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