A Execução Penal é um dos extremos do Sistema de Justiça Criminal, importante na quebra do ciclo vicioso do crime pela reeducação, ressocialização e reinclusão. Entretanto, há descaso, amadorismo, corporativismo e apadrinhamento entre poderes com desrespeito às leis e ao direito, submetendo presos provisórios e apenados da justiça às condições desumanas, indignas, inseguras, ociosas, insalubres, sem controle, sem oportunidades e a mercê das facções, com reflexo nocivo na segurança da população.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
TORNOZELEIRA DESCARTADAS
Uso de tornozeleiras será suspenso no RS. Contrato de aluguel de equipamentos para monitorar presos acaba fim do mês - ZERO HORA 14/02/2011
O monitoramento de cerca de 100 presos do regime aberto gaúcho controlados por tornozeleiras eletrônicas será interrompido a partir do final de fevereiro. A Superintendência Estadual dos Serviços Penitenciários (Susepe) será obrigada a recolher os equipamentos de circulação por causa do término do contrato de locação, realizado de forma emergencial no ano passado. O órgão não conseguiu concluir a licitação no prazo necessário para evitar a medida.
Implementado em agosto do ano passado, o monitoramento chegou a atingir cerca de 130 presos. Com a perspectiva do fim do contrato, a superintendência não reutilizou os equipamentos que eram liberados por detentos que saíam do regime aberto ou foram para prisão domiciliar.
De acordo com o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, a expectativa é de que em abril o monitoramento esteja de volta.
– O processo licitatório está em fase de contestações, quando as empresas interessadas contestam algum ponto da licitação. Acabada essa fase, entramos no pregão eletrônico para a contratação. Em março deve ocorrer o pregão – afirma o superintendente.
Inicialmente, o novo contrato deverá prever o aluguel de 200 tornozeleiras. O plano da Susepe é fechar 2011 com mais 800, e completar quatro mil em quatro anos. A Susepe deve entrar em contato com a Justiça nos próximos dias para discutir a questão do controle dos presos que ficarão sem tornozeleiras. Oficialmente, ainda não houve nenhum contato entre o órgão e o Judiciário.
– Esses presos são do regime aberto, que trabalham. Eles se prontificaram para participar desse projeto. Acredito que não haja problema – conclui Treiesleben.
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